Em 23 de outubro de 1940, nascia em Três Corações, Minas Gerais, Edson Arantes do Nascimento, mundialmente conhecido como Pelé. Considerado por muitos o maior jogador de futebol da história, Pelé marcou o esporte com seu talento excepcional, domínio de bola inigualável e uma carreira recheada de títulos.
Aos 15 anos, Pelé iniciou sua carreira no Santos, onde se destacou rapidamente, conquistando o Mundial de Clubes em 1963, a Taça Libertadores em 1962 e 1963, além de seis campeonatos brasileiros.
Na seleção brasileira, Pelé estreou aos 16 anos, marcando seu nome na história ao vencer três Copas do Mundo, um recorde até hoje inigualável. Aos 17 anos e 249 dias, ele se tornou o jogador mais jovem a ganhar uma Copa do Mundo, feito que ainda ressoa entre os maiores do futebol mundial.
Outro feito impressionante de Pelé foi seu primeiro gol pela seleção brasileira aos 16 anos e 9 meses, contra a Argentina. E embora Neymar tenha igualado o recorde de 77 gols pela seleção, Pelé alcançou essa marca em apenas 95 partidas, enquanto Neymar precisou de 118.
Por que esses feitos são tão importantes?
Porque contra fatos, não há argumentos. Pelé é um ícone, um garoto prodígio que, mesmo após décadas de sua aposentadoria, tem marcas que continuam insuperáveis. Esses números impressionantes e seu legado consolidado o tornam uma figura indiscutível na história do futebol.
“Mas Pelé foi realmente o maior jogador de todos os tempos?”
Para responder a essa pergunta, basta observar seus números e assistir aos vídeos que capturam seu futebol mágico. Em minha opinião, Pelé foi, sim, o maior. Contudo, se houvesse alguém que pudesse dividir essa glória com ele, esse alguém seria Ronaldinho Gaúcho, outro gênio dos gramados. A seguir, explorarei as razões dessa comparação.
Pelé: Um Jogador Completo
Quem entende de futebol sabe que Pelé tinha um repertório invejável. Embora eu não tenha tido o privilégio de vê-lo jogar ao vivo, os vídeos disponíveis são suficientes para entender a dimensão do seu talento. Pelé era ambidestro, fazia gols de falta, pênalti, de fora da área e de cabeça. Sua habilidade em controlar a bola, driblar adversários e finalizar com precisão o destacava como um verdadeiro fenômeno.
Pelé tinha um excelente domínio de bola, inclusive dentro da área. Ele conseguia se adiantar aos seus marcadores, chapelando-os de forma magistral, e, em sequência, sem deixar a bola cair, arrematava com precisão, quase sempre transformando a jogada em gol.
Além de sua técnica refinada, Pelé também tinha dribles desconcertantes, por vezes sem sequer tocar na bola, iludindo os defensores com seus movimentos corporais. Suas arrancadas espetaculares, que combinavam velocidade e força física, demonstravam um perfil técnico e um desempenho físico extraordinários.
A combinação de técnica, força física e inteligência em campo tornavam Pelé um jogador completo. Ele também tinha uma visão de jogo extraordinária. Seus passes eram precisos, muitas vezes deixando seus companheiros de equipe em posição perfeita para marcar. Ele era imprevisível, com dribles que confundiam seus adversários.
Ronaldinho Gaúcho: Outro artista Comparável
Ronaldinho Gaúcho, o “bruxo”, é um dos poucos jogadores cujo talento poderia ser comparado ao de Pelé. O domínio de bola de Ronaldinho era espetacular, e sua visão de jogo permitia passes incrivelmente precisos, independentemente da distância.
Assim como Pelé, Ronaldinho tinha uma relação quase mágica com a bola, e sua capacidade de improvisar lances geniais o tornava um jogador único.
Suas arrancadas, dribles desconcertantes e gols, especialmente em cobranças de falta, o elevam a um patamar raro no futebol. No entanto, apesar de toda sua genialidade, é difícil dizer se Ronaldinho, ou qualquer outro jogador, conseguiu alcançar o nível de grandeza que Pelé atingiu.
Pelé no Futebol Atual: Ele Brilharia?
Uma das críticas mais comuns ao legado de Pelé é que ele jogou em uma era em que o futebol não era tão competitivo. Isso leva alguns a questionar se ele é, de fato, o maior de todos os tempos ou apenas superestimado. No entanto, essa crítica não leva em conta que o talento de Pelé transcende a época em que ele jogou.
Pelé não era apenas um produto de seu tempo; ele era um gênio com habilidade, técnica e inteligência que fariam dele um jogador extraordinário em qualquer era, incluindo a atual. Se jogasse hoje, com os avanços tecnológicos, preparação física e melhores condições financeiras dos clubes, Pelé certamente teria a mesma performance brilhante. O talento nato é atemporal.
Conclusão: O Legado Incontestável de Pelé
Independentemente das críticas, a verdade é uma: Pelé foi, é e continuará sendo o Rei do Futebol. Seus dribles, passes precisos, gols e lances plásticos marcaram a história, e seu legado inspira gerações de jogadores.
Mesmo com o passar do tempo, Pelé continua sendo referência e inspiração para grandes craques.
O que torna Pelé único é sua capacidade de transcender o esporte, tornando-se um ícone mundial. Sua performance nos campos é imortal e sua figura deixa saudade, e por mais que o futebol evolua, uma verdade permanece: quem foi rei, nunca perde a majestade.
— Obrigado, Pelé.
Juliano Alventino